por Clovis Roman
Algumas coisas são bastante óbvias, mas atualmente é necessário redundar em uma informação na esperança que ela fique mais clara para a maior quantidade de pessoas possível. Esta lista NÃO tem a intenção de decretar em definitivo os cinco melhores discos do metal curitibano de todos os tempos. Basta ler o título. São cinco discos essenciais, entre tantos outros. Inclusive, planejo fazer outras listas nessa mesma pegada.
Esta é a minha lista. Faça a sua, comente lá no nosso Instagram e vamos debater sobre estas e outras grandes obras do cenário metal da capital paranaense. Óbvio ululante exposto, vamos a lista do jornalista Clovis Roman de “Cinco álbuns essenciais do Metal curitibano”.
Eternal Sorrow – Legacy (2003)

Após a estreia, com o atemporal The Way of Regret (1998), o grupo de doom metal Eternal Sorrow entrou no atual milênio com a obra-prima Legacy (2003), um trabalho denso, agonizante e com uma narrativa tétrica que serve como complemento para a música. Em 2018, recebeu um relançamento por um selo russo, e posteriormente, uma edição luxuosa pela Metal Army Records. O último álbum é o já distante The House (2015), e seguem fazendo shows até os dias atuais.
Amen Corner – Fall, Ascension, Domination (1993)

O Amen Corner possui discos excelentes na discografia, todavia, o debut Fall Ascencion Domination (Cogumelo Records) foi o que pavimentou o caminho que a banda segue até os dias atuais. Na época, a revista Bizz o ranqueou em primeiro lugar entre os discos mais vendidos, na frente do Pato Fu (!). As prensagens em CD vem com EP The Final Celebration (1994) como bônus. A banda segue na ativa até hoje, e lançou em 2024 o excelente Written by the Devil.
Imperious Malevolence – Where Demons Dwell

O debut autointitulado (1999) e Hatecrowded (2002) são pedras fundamentais na história do Imperious Malevolence, que nestas épocas começou a fazer suas várias turnês na Europa. A qualidade aumentou exponencialmente com Where Demons Dwell (2006), com gravação mais apurada (mais ainda violenta e suja) e músicas brutais e rápidas. Nessa época, lançaram Ao Vivo, cuja uma das fotos da capa é de minha autoria. O grupo, após passar por diversas mudanças de formação, encontra-se em hiato basicamente desde a pandemia.
Sarx Thanatos – Sarx Thanatos (2008)

Mesmo sendo considerado um EP, ele é mais extenso que muito álbum completo por aí. São cinco músicas ricas e intrincadas, que mesclam de maneira divina elementos do doom metal e gótico, com vocais rasgados e líricos soberbos. A amargura te abraça a cada audição. Dez anos mais tarde, o CD foi relançado pelo selo russo Darkbrides, sendo este o canto do cisne desse grupo fenomenal.
Semblant – Lunar Manifesto (2014)

O segundo álbum da Semblant, Lunar Manifesto, contou com um alinhamento interestelar único. Nova e sólida formação, músicas mais fortes e ganchudas. Impossível passar incólume por “What Lies Ahead”, “Bursting Open” ou “Incinerate”. Não a toa, teve distribuição internacional e um relançamento recente pela Shinigami Records. Com suas atenções voltadas atualmente ao mercado europeu, lançaram posteriormente Obscura (2020) e Vermilion Eclipse (2022), pelo selo italiano Frontiers.
Fotos: Todas por Clovis Roman
