[Bau do Clovis] Helloween fazia primeiro show como headliner em Curitiba em 2001

Esta matéria foi publicada online na época (sim, desde aquela época estamos fazendo este trabalho), porém foi perdida com o tempo. O texto foi revisado e atualizado, porém, mantém aquela visão “tudo é perfeito e lindo” de um jovem jornalista e fã da referida banda.

Helloween
21 de junho de 2001
Studio 1250
Curitiba/PR

por Clovis Roman

Pela terceira vez na cidade, esta foi a estreia do Helloween como banda principal nos palcos curitibanos. Em 1996, tocaram no Estádio Couto Pereira, com Motörhead, Skid Row e Iron Maiden, no festival Monsters of Rock. Em 1998, novamente com o Iron Maiden, no Skol Rock realizado na Pedreira Paulo Leminski. Agora em 2001, promovendo o pesado The Dark Ride, o quinteto alemão foi a única banda da noite, no palco do Studio 1250, local que vem recebendo a maioria dos shows de metal na cidade atualmente. Não teve abertura e nem precisava.

Fachada do finado Studio 1250

A intro “Beyond the Portal”, do novo disco, atiçou a galera, que aguardava, assim como no CD, que “Mr. Torture” viesse na sequência. Entretanto, optaram por “Power”, um dos maiores sucessos da atual fase. Funcionou, pois todos cantaram a plenos pulmões o refrão. A nova “Salvation” é um puríssimo metal melódico, alegre e com refrão memorável. Nesta nem todos cantaram junto, mas todos curtiram, assim como a mais tensa “I Live for Your Pain” e a já citada “Mr. Torture”.

Ainda no universo The Dark Ride, a pesadíssima “Escalation 666” (composição de Roland Grapow), a obscura “The Departed (Sun Is Going Down)” e “Mirror Mirror” brilharam, com todos agitando. A banda estava bem movimentada no palco, e Andi Deris esbanjou simpatia, falando e agradecendo o público presente. Entretanto, o grande destaque das novas foi a faixa que dá nome ao disco, “The Dark Ride”, um épico grandioso que deveria ser tocado  em todos os shows para todo o sempre.

O vocalista fala alguma coisa sobre carros que demoram para dar a partida, o que serviu de prenúncio para “Steel Tormentor”, maravilhosa faixa do disco The Time of The Oath. O excelente Better Than Raw foi representado por “Revelation”, outro momento grandioso. Da fase Keeper of the Seven Keys tivemos “Eagle Fly Free”, “I Want Out” (uma boa surpresa, afinal, não vinha sendo tocada nas últimas turnês) e “Future World”. Nesta última, Roland Grapow fez um solo antes de começa-la, no qual deu uma revisitada rápida em “Grapowski’s Malmsuite 1001 (In D-Doll)”, peça inspirada em música clássica gravada pela banda na época do Master of the Rings.

No encore, solitária, “Dr. Stein” foi a quarta canção dos Keepers tocada. O show acabou antes do previsto, meio de repente, com “How Many Tears” sendo cortada do repertório. Uma pena.

Repertório:

Power
Salvation
I Live for Your Pain
Mr. Torture
Eagle Fly Free
Escalation 666
Steel Tormentor
The Departed (Sun Is Going Down)
I Want Out
Revelation
Future World
Mirror Mirror
The Dark Ride
Dr. Stein.

Fotos matéria: Acervo Héron Petris
Foto capa: Clovis Roman (show 2008)

Deixe um comentário