Após lançar o elogiado álbum “Coração que Sente”, com grande sucesso nas plataformas digitais de streaming, o cantor e compositor curitibano Henrique Ventura está se lançando na carreira internacional. Sua série de shows na Europa acontecem em Portugal, ao lado de Vitor Kley.
Antes de viajar, o artista fez uma apresentação de violão e voz no Menina Zen, onde o jovem atendeu a imprensa para falar de seus planos e inspirações.
por Clovis Roman
Como é montado o seu repertório? Você mescla autorais com releituras de canções que você gosta?
Então Clovis, é exatamente isso que você falou, é uma mistura. Canções minhas, autorais, e releituras, muitas que são referências para mim. Vai desde músicas antigas Stand by Me, sabe? [Aqui ele canta um trecho da canção, autoria de Ben E. King e que recebeu uma lendária versão de John Lennon]. E vai até músicas atuais, como “Morena”, do Victor Kley. Então essa é a mistura.
O álbum Coração que Sente teve bom retorno nas plataformas digitais. Como você compara o digital em relação ao CD físico? Como enxerga essa dicotomia?
Eu acho muito legal ver o CD, com a capa, isso é muito bacana. Mas hoje em dia o digital é muito importante, pelas plataformas e redes sociais. É uma via de mão dupla: A gente joga no digital, faz shows, e divulga presencialmente. Quando mais se faz shows, mais isso ajuda no streaming, e isso se reflete [na quantidade de público] nos shows.
O disco então seria mais um artefato secundário, como uma lembrança?
É, uma lembrança. As pessoas gostam de pegar, ver, dá pra escutar no carro. Mas é mais uma lembrança, um presente, sabe?
Planos para 2020 para novas composições ou lançamentos.
Esse meu primeiro álbum eu lancei de uma vez só, as 10 músicas juntas. Mas o que eu mais gosto de fazer é compor. Eu amo compor. Eu já tenho mais uns dois álbuns pela frente [risos]. Mas a ideia é lançar música por música. Lançar singles, alguns com videoclipe, e quando tiver lançadas as 8 ou 10, aí fecha um álbum.
Você disse que gosta de compor, você já tem a vista parceria com intérpretes para gravarem músicas suas?
Eu já pensei muito nisso. Meu som é mais good vibes, Pop, na onda do Victor Kley. Mas eu já compus uns sertanejos, que tenho interesse de compartilhar, e é um plano para 2020, achar esse networking e crescer também como compositor.
Como surgiu a oportunidade de fazer esses shows na Europa?
A minha agência tem sede em Curitiba, Rio de janeiro e Lisboa. O Victor Kley fará 5 shows em Portugal, e meu empresário de lá viu uma oportunidade de falar com ele. E o Victor me escolheu para fazer a abertura de 4 desses shows. A música “Caminhando…” foi muito bem nas plataformas e isso chamou atenção. Assim surgiu o convite e toda essa oportunidade.
Você não acha curioso começar a entrar no mercado internacional justamente num país que fala português? Isso facilita?
[Risos] Facilita, né? A nossa cultura e a de Portugal são muito parecidas. Tem coisas diferentes, mas muito mais parecidas. Mas é muito bom, pois a comunicação fica mais fácil. Eu falo inglês, e um pouco de francês até, mas é muito mais fácil o português [risos].

Você já cogitou compor canções em inglês ou até mesmo outra língua?
Já, e eu já fiz. Algumas em inglês e em francês, uma. Mas eu quero desenvolver ainda mais. quero ir em português, o Brasil é um país enorme, dá pra fazer muito show por aí. Eu quero conhecer pessoas, lugares, absorver conhecimento e só depois expandir para o mundo. Mas com certeza é uma ideia minha, a longo prazo, expandir além Brasil.
Com quem você gostaria de um dia gravar uma música junto?
Um cara, fora do Brasil, que admiro muito, é o Ed Sheeran. Gosto muito do trabalho dele, do formato de show dele, é só ele com pedal de looping e faz aquela sonzeira, e fica algo gigante. Esse cara é fenomenal, ele seria um dos que eu com certeza ia querer fazer um trabalho junto.
E qual artista você acha que gravaria uma versão bacana de alguma de suas músicas?
Eu já pensei, em músicas que não lancei ainda. Eu fiz um Reggaeton, e eu pensei na Anitta, ficaria legal na voz e gingado dela, essa vibe latina, ficaria bacana. E também na vibe eletrônica, acho que ficaria legal o Bruno Martini, que fez Morena. O som dele ficaria muito legal no remix de alguma de minhas músicas, ou até em composições novas.