4drive – Recycle
(Independente – Nacional)
Por Clovis Roman
O grupo de Rock Alternativo 4drive tem em Recycle sua estréia no mercado discográfico. O trabalho – gravado no Estúdio RG – foi produzido pela própria banda junto a Guilherme Malosso. A banda é antiga, foi formada em Americana/SP no dia 02 de abril de 2011 (só faltou saber o horário…), e o tempo de estrada se refletiu na maturidade apresentada por Eduardo Zabani (voz), Gabriel Falcade e Otaviano Costa Jr. (guitarras), Pedro Konishi (samplers), Guilherme Forti (baixo) e Daniel Carrara (bateria) nesse álbum.
A abertura é forte: “Something There” tem bons riffs, clima marcante e boa performance vocal. É algo de Pop com Emocore, com guitarras fincadas no Alternativo. Em “Madman” os caras escancaram o Rap Metal da segunda geração, na linha do Limp Bizkit, mesclado a passagens mais suaves e com refrão forte. Sobre influências, eles citam artistas um tanto díspares, como Silverchair, Deftones, Limp Bizkit, Korn, Sublime, Faith no More, Lynyrd Skynyrd, Mr. Big, The Beatles e Led Zeppelin. Nessa salada toda está o que torna o som da banda cativante. Afinal, eles pegaram elementos e formaram algo único.
A balada “Fading Memories” é um belo momento, pois não é brega como a maioria de suas irmãs. A performance de Zabani e a cozinha são as principais responsáveis. algumas nuances chegam a lembrar o Creed, mas acredite, isso aqui não é um demérito. “Spacetime Theory” é o destaque máximo do full lenght, e abre espaço para a segunda metade do mesmo, onde as coisas se acomodam um pouco. Mas apenas um pouco. Afinal “Voiceless” (que a despeito do título, não é instrumental) é uma bela composição, melódica na medida. A meio Post-Hardcore “Owe You” também.
Concebida apenas como um interlúdio, “Catch Fire” acaba se destacando por sua batida eletrônica modernosa e acento Rap nas linhas vocais. Mostra como os integrantes do 4drive são competentes intérpretes e compositores nos mais variados terrenos musicais. Poderiam tê-la trabalhado melhor para além de seus parcos dois minutos, afinal, é um musicão! Mais descolada, com bom trabalho de vocais de apoio, “Rain” abre espaço para a saideira, a décima e derradeira faixa de Recycle: a semi épica “Highlander”, que começa lenta e depois vai tomando forma com elementos já ouvidos anteriormente. É um fim digno, de qualidade inegável.
Só deveriam ter colocado o nome da banda maior que o nome do álbum na capa. Afinal, quando o disco chegou aqui no escritório, eu poderia jurar que o nome da banda era Recycle.
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MÚSICAS
01. Something There
02. Madman
03. Fading Memories
04. In the Game
05. Spacetime Theory
06. Voiceless
07. Owe You
08. Catch Fire (Interlude)
09. Rain
10. Highlander